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Epidemia de laqueaduras - Pouca informação
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Tese de doutorado de professor da UnB aponta que brasileiras - recordistas nesse tipo de cirurgia - têm pouca informação sobre as possibilidades de reversão da operação
O número de mulheres que recorrem à laqueadura, no Brasil, em particular na região Centro-Oeste, já é suficiente para configurar uma epidemia. O diagnóstico é do professor da área de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (FMD/UnB), Antônio Carlos Rodrigues da Cunha, cuja tese de doutorado, em que analisa o fenômeno, deve ser concluída até final do ano. Para ele, mais relevante que o alto número desse tipo de cirurgia é a falta de informação das mulheres sobre as reais chances de reversão. Isso sem falar na falta de políticas públicas que ofereçam formas alternativas de contracepção.
Segundo dados da Unicamp, cerca de 40% das brasileiras em idade fértil já se submeteram à laqueadura - na região Centro-Oeste, o percentual é ainda maior, chegando a 59%. Para efeito de comparação: na Itália, esse índice não chega a 1%. O problema é que grande parte das mulheres, notavelmente as mais jovens, arrependem-se e recorrem a novas cirurgias para desfazer a intervenção. Elas não têm idéia da complexidade do procedimento.
"Muitas dessas mulheres acreditam que as tubas uterinas (ou trompas de Falópio) foram apenas amarradas", explica o professor em seu projeto de doutorado, aprovado em primeiro lugar pela câmara de pós-graduação da FMD/UnB. O doutorado é pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa em Bioética da UnB e tem etapas na Universidade de Turim (Itália). Na laqueadura, de fato, as trompas são secionadas e só então cada extremidade é amarrada. Para reverter tal operação, as tubas têm de ser costuradas interna e externamente. Mesmo bem sucedida, a reversão não garante a gravidez. A chance de voltar a ter filhos é de cerca de 50%, apenas.
E muitas vezes as complicações aumentam. Há casos em que sequer há possibilidade de reversão da laqueadura - seja por infecções tubárias decorrentes do procedimento cirúrgico ou porque o cirurgião, por medo de falha técnica, fez a retirada da tuba uterina. A essas mulheres, resta a opção de recorrer a técnicas reprodutivas artificiais.
O doutorando acredita que uma das causas principais desse drama é a falta de informação. "Talvez a mídia pudesse ter um papel na conscientização dessas mulheres", defende o professor, alegando que muitas pacientes não se dão conta da natureza irreversível da laqueadura. Além disso, há outros métodos contraceptivos reversíveis e seguros - o Dispositivo Intra Uterino (DIU), amplamente utilizado na Europa, por exemplo.
A legislação também pode ter sua parcela de culpa. No Brasil, de acordo com uma emenda constitucional aprovada em 1996, qualquer mulher com dois filhos e relacionamento estável pode se submeter à cirurgia. "Mas a laqueadura só é realmente indicada nos casos em que haja risco reprodutivo, ou seja, em que uma possível gravidez necessariamente coloque a gestante e o bebê em risco, e nos casos em que os métodos reversivos sejam, por alguma razão, contra-indicados", explica Carlos Rodrigues.
Como o professor observa em seu projeto de tese, não são observados princípios fundamentais do planejamento familiar. "O Brasil deveria promover mais campanhas de orientação e fornecer os métodos reversíveis, no sentido de evitar a cultura do método contraceptivo irreversível", reitera.
Contato:
Professor Antônio Carlos Rodrigues da Cunha, pelo correio eletrônico acrc@unb.br
Fonte: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Publicado em http://www.unb.br/acs/acsweb/pauta/laqueaduras.htm
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