Cifrão ou Sifrão?


Público alvo ou Público-alvo?

Anátomo-patológico ou Anatomopatológico?

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Público alvo ou Público-alvo?    


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Constitui coloquialismo repreensível usar expressões e termos próprios de ações humanas em relação a coisas (N. Spector, Manual para Redação de Teses, Dissertações e Projetos de Pesquisa, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1997, p. 63). Em relatos científicos formais, podem ser evitados exemplos como:

"O artigo fala sobre o assunto" (No artigo, refere-se sobre o assunto);

"O trabalho dizia que", (Os autores relataram que);

"O colédoco mediu 2 mm de calibre.". (O coledoco tinha 2 mm de calibre);

"O estudo conclui que o prognóstico é favorável.". (Concluiu-se no estudo que);

"Este trabalho analisou 1.200 pacientes". (Foram analisados 1.200 pacientes no trabalho);

"A lesão tem predileção por tal órgão ou tecido.". (A lesão é mais comum em...);

"A pesquisa não conseguiu demonstrar esse aspecto.". (Não se conseguiu demonstrar esse aspecto na pesquisa);

"Esse diagnóstico propõe  tratamento urgente.". (Esse diagnóstico é indicação de tratamento urgente);

"O tratamento pede antibióticos". (O tratamento inclui antibióticos);

"O ultra-som supeitou de...". (a ultra-sonografia nos levou a suspeitar de...);

"O microscópio diz", (A microscopia revelou-nos);

"O artigo descreve vários casos raros.". (Foram descritos vários casos raros no artigo);

"O simpósio discutirá...". (No simpósio se discutirá).



Em uma publicação formal, escreveu-se em forma coloquial: "A tampa da caneta não conseguia ser removida pois a mesma trancava e não passava na região subglótica". A expressão "a tampa não conseguia" confere animação ao corpo estranho. Seria mais feliz: A tampa da caneta não foi removida por que não passava pela região subglótica.  



"O baço mediu 8,2 cm em seu maior eixo": embora medir também signifique ter a extensão, essencialmente indica determinar por meio de instrumento de medida, avaliar, calcular. Melhor: O baço tinha 8,2 cm em seu maior eixo.



Em interpretação rigorosa no estilo científico, que se caracteriza por sua seriedade e rigorosidade, fatores que lhe conferem credibilidade, são as pessoas, geralmente médicos(as), autores, doentes que respondem, falam, dizem, oferecem, concluem, querem, não seres inanimados. Figuras de linguagem como metáforas, hipérboles, metonímias e outras vão bem como recursos didáticos mesmo em relatos científicos formais. Contudo, seu uso generalizado em lugar dos termos adequados pode indicar uso desprimoroso em redação científica.



Simônides Bacelar





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